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A dificuldade de manutenção dos clubes de futsal de Santa Catarina


por: Gestão e Profissionalismo no Esporte em 27/05/2014


Daniel Júnior
www.facebook.com/cienciadofutsal


Nos últimos 10 anos, inúmeras foram às equipes de futsal que surgiram e acabaram no Estado. Desde a antiga Anjo Química, da cidade de Criciúma, passando por Siderópolis, Capivari de Baixo, Ibirama, Moitas de Ituporanga, Canoinhas, Palmitos, Indaial Futsal, Armazém no Sul do Estado, São Bento do Sul e outras que muitas pessoas irão lembrar certamente.

Variados são os motivos de extinguir-se um clube ou este deixar de existir e participar das competições estaduais. No entanto, o enfraquecimento do salonismo estadual inicia-se nesse pontos de inflexão, pois o encerramento das atividades de um clube faz com que todo o trabalho, estrutura e conhecimento desenvolvido para  manutenção deste em determinada temporada também se apague.

As dificuldades de firmar parcerias privadas para a concretização de um clube esportivo assim como o apoio da gestão pública são entraves para a manutenção das mesmas, no entanto, nessa seara de dificuldades a pouca credibilidade que se conquista não pode ser perdida em uma temporada em virtude da ausência de profissionalismo de todas as esferas que compõem o esporte seja de gestão ou técnica, pois ainda há empresários conscientes dos retornos de investimento social e mercadológico ao investir no esporte, porém não suportam a falta de competência ou lisura na aplicação de seu dinheiro.

O pulular de novas equipes no cenário estadual também tem seu aspecto positivo em relação a  disseminação da modalidade, a promoção de novos atletas em termos regionais, o desvelar de novos profissionais, assim como a possibilidade de entretenimento ao público local que em anos anteriores não os dispunham. No entanto, o iniciar de novas equipes, logicamente sempre são com orçamentos reduzidos e estruturas mínimas de trabalho e com grandes dificuldades de competitividade, o qual destituído de planejamento e gestão eficiente acaba por se diluírem.

Acredita-se que a qualidade do futsal estadual caminhará no sentido de sua ascendência quando existir a manutenção dos clubes ao longo de várias temporadas por meio de um planejamento estratégico complexo com apoio de federações, entidades privadas e gestões responsáveis e compartilhada com profissionais competentes de comissão técnica que podem contribuir de forma profissional com as agremiações, pois apenas desta forma as equipes poderão dar continuidade aos seus trabalhos locais que não podem ter apenas como foco o título do campeonato estadual e em poucos anos, visto que há equipes com trajetórias mais longas e Know-How adquiridos.

O futsal de Santa Catarina, celeiro de excelentes atletas e comissões técnicas tem ainda em seu Estado um público ávido e apaixonado pela modalidade o qual necessita de seus clubes locais, que são sociedades culturais de cidadãos municipais, para torcer e ter um sentimento bairrista.

Por Daniel Junior, 33 anos, formado em Educação Física e Pós Graduando em Psicologia do Esporte, Daniel atuou como atleta até 2005. Depois, como auxiliar técnico, foi campeão da Superliga e Vice-campeão da Liga Nacional por Unisul e Ulbra. Já em 2008 foi analista de jogo e estatístico da Seleção Brasileira de Futsal em 2007 (Jogos Pan-Americanos) e em 2008 (Mundial de Futsal). A partir de 2009 iniciou a carreira como treinador e em por dois anos (2010 e 2011) teve uma passagem marcante pelo Alto Vale. Em Ibirama, Junior alcançou com o elenco o título de campeão da Liga Sul e da Primeira Divisão dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Atualmente, é o treinador da equipe de Mafra que disputará a Primeira Divisão de 2013. Colunista do EAV desde abril/2013.

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