publicidade

ESPECIAL SUPERLIGA: A garra do eterno capitão Carlão


Jogador disputou final machucado e depois os exames apontaram que o jogador havia quebrado o pé


Escrito em 16/11/2012


A primeira edição da Superliga (94/95) teve um final inesquecível para os amantes do voleibol. Liderado pelo campeão olímpico Carlão, o Frangosul/Ginástica (RS) ficou com o título ao superar o favorito Nossa Caixa/Suzano (SP) por 3 jogos a 0. No entanto, o momento dramático da série aconteceu no último jogo do campeonato. O capitão da seleção campeã olímpica em 1992 caiu sobre o pé de um jogador de Suzano. Na hora, o ex-atacante achou que tinha sofrido uma entorse no pé direito e os médicos da equipe aconselharam Carlão a não voltar para a partida.

Mas essa hipótese não passava pela cabeça do ex-jogador. Carlão retornou para a quadra com o pé enfaixado e liderou o time de Novo Hamburgo (RS) na conquista da primeira edição da Superliga. Depois do fim do jogo, os exames apontaram que Carlão havia quebrado o pé.

“Esse título foi muito especial. Nós não éramos a equipe favorita. Nunca na minha carreira tive uma identificação tão grande com uma torcida como em Novo Hamburgo. Os torcedores e a cidade abraçaram aquele projeto. O último jogo foi superação e representa o que sempre busquei na minha carreira”, disse o ex-jogador.

A primeira edição da Superliga também foi marcada pelo repatriamento da geração campeã olímpica em Barcelona/1992. Carlão acredita que este foi um momento essencial para o sucesso do voleibol brasileiro.

“A Confederação Brasileira de Voleibol e o Banco do Brasil fizeram um projeto para repatriar a geração campeã olímpica em Barcelona. Naquela época, grande parte do grupo jogava na Itália. Foi importante trazer os jogadores de volta para o Brasil”, afirmou o ex-jogador.

Carlão ainda conquistou mais um título da Superliga. Na temporada 99/00, o ex-atacante se sagrou campeão com a camisa do Telemig/Minas (MG).

“O Minas sempre foi um celeiro de campeões. Aquela equipe resgatou isso. Tínhamos um grupo com excelentes jogadores, como o André Nascimento, que estava começando e era banco”, recordou Carlão.

Equilíbrio no masculino e novidades no feminino

Hoje, Carlão participa do programa Embaixadores do Esporte, do Banco do Brasil, que tem como objetivo fomentar a prática do esporte entre jovens. O ex-jogador é ainda comentarista do canal SporTV. Para o ex-atacante, a edição da Superliga 12/13 tem tudo para ser uma das mais emocionantes dos últimos anos.

“O cenário deste ano está muito equilibrado. O RJX reforçou seu elenco, o Sesi-SP e o Sada Cruzeiro (MG) continuam fortes, o Vôlei Futuro (SP), apesar de perder alguns jogadores, deve dar trabalho, a Medley/Campinas (SP) e o Canoas (RS) também podem surpreender”, analisou Carlão.

Já na edição feminina, o ex-jogador está entusiasmado com o aparecimento de novos times, como o Vôlei Amil, de Campinas (SP).

“O Sollys/Nestlé está ainda mais forte e a Unilever (RJ) continua com um bom elenco. A rivalidade entre esses dois times faz bem ao voleibol. O Vôlei Amil tem um projeto muito interessante, e equipes como o Banana Boat/Praia Clube (MG) devem incomodar”, garantiu o ex-jogador.

PUBLICIDADE