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A importância da visão das categorias de base “profissional” nas equipes de alto rendimento


por: Gestão e Profissionalismo no Esporte em 13/05/2014


Por Daniel Júnior:

Inúmeras são as equipes do esporte nacional e estadual as quais “apostam” nas categorias de base dos seus clubes ou na formação do esporte escolar como produtoras de atletas capazes de atuar em suas equipes de alto rendimento.

Seria ótimo se as categorias de base no Brasil em algumas modalidades esportivas não fossem tidas e tratadas pelos próprios clubes apenas como “apostas” onde o acaso de uma prática deliberada devido a constância de uma exercitação destituídas de metodologias, estruturas e profissionais capacitados para tal, revela um talento técnico.

Um talento que não é tudo.

As categorias de base desde as escolares precisam entrar em conformidade com o mercado de trabalho do desporto assim como outras profissões resguardadas logicamente as idades das crianças e jovens envolvidas, porém mesmo em idades menores com o desenvolver das capacidades necessárias para uma resolução futura motora, cognitiva, física, emocional ou social dentro de uma concepção complexa .

O cerne da profissionalidade de qualquer atividade humana é o comprometimento dos indivíduos no desenvolvimento e prática de sua atividade com total integralidade dos seus esforços físicos e cognitivos com o intuito de aprimorar, desenvolver ou criar novas formas de atividades relacionadas ao seu labor, proporcionando a sua instituição o resultado previamente estabelecido. Inexiste a necessidade incondicional, portanto, em termos de atividade in loco, de instrumentos jurídicos para a disponibilização do máximo esforço individual, mas sim a necessidade de satisfação pessoal determinado pelo modus vivendi.

As equipes, associações e instituições que possuem categorias menores e investem nas mais diversas modalidades esportivas, mesmo que com a dificuldade financeira da atual conjuntura econômica precisam quebrar a cultura instaurada do conformismo e buscar a aplicação de trabalhos em excelência principalmente nas idades de transição para equipes adultas.

A quebra de alguns paradigmas atuais do esporte, aqui focados nas categorias de base, pois estas podem suplantar, SEMPRE COM QUALIDADE COMPETITIVA, as dificuldades financeiras das equipes adultas, assim como a formação de equipes adultas com profissionais incapacitados, acontecerão quando evoluirmos educacional e culturalmente. É necessário que entendamos as categorias de base como formadoras de um indivíduo capaz de trabalhar para o clube em tempos futuros, sem esquecer o presente  de suas possibilidades maturacionais, sociais e emocionais.

Por Daniel Junior, 33 anos, formado em Educação Física e Pós Graduando em Psicologia do Esporte, Daniel atuou como atleta até 2005. Depois, como auxiliar técnico, foi campeão da Superliga e Vice-campeão da Liga Nacional por Unisul e Ulbra. Já em 2008 foi analista de jogo e estatístico da Seleção Brasileira de Futsal em 2007 (Jogos Pan-Americanos) e em 2008 (Mundial de Futsal). A partir de 2009 iniciou a carreira como treinador e em por dois anos (2010 e 2011) teve uma passagem marcante pelo Alto Vale. Em Ibirama, Junior alcançou com o elenco o título de campeão da Liga Sul e da Primeira Divisão dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Atualmente, é o treinador da equipe de Mafra que disputará a Primeira Divisão de 2013. Colunista do EAV desde abril/2013.

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