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Os legados da Copa do Mundo além de ferros e concreto


por: Gestão e Profissionalismo no Esporte em 08/07/2014


Por Daniel Júnior:

Uma das justificativas para a realização de grandes eventos esportivos como o Pan-Americano de 2007 no Rio de Janeiro, a Copa do Mundo de Futsal da FIFA em 2008, a Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 são os chamados legados que a operacionalização para que tais eventos aconteçam possam deixar permanentemente ou periodicamente nos municípios que as mesmas acontecem.

Epistemologicamente o termo legado está relacionado a “ (...) algo que é deixado para outra pessoa, de valor ou não, que juridicamente não seja herdeira legal.”

Para a concretização e convencimento popular do aceite para realização da Copa do Mundo os governantes do país centraram seus discursos nas estruturas físicas de mobilidade, telefonia e estádios como sendo o maior desenvolvimento que o país ou as cidades-sedes poderiam ficar ao longo dos anos.

O silvo do apito do árbitro ao iniciar a copa no jogo inaugural abriu o Brasil para o mundo. A partir desse momento, as culturas populares dentro e fora dos estádios demonstraram a diversidade cultura e social dos povos e com estes é possível aprender e desenvolverem-se como cidadãos do mundo, responsáveis pelas necessidades humanas globais, tais como a consciência ambiental e educação dos japoneses ao limpar os estádios ao fim de uma partida. Não é difícil encontramos ginásios e praças esportivas lotadas de lixo ao fim de um evento no Brasil.

No campo da economia e do turismo há a necessidade das melhorias estruturais para que tal possa alavancar-se em todas as regiões do país. As dificuldades por ora apresentadas devem servir como legado de conhecimento para aplicação futura, assim como os padrões de transmissão dos jogos e da qualidade tecnológica e organização de eventos.

Os conhecimentos demonstrados na organização e execução de um evento privado assim como o planejamento prévio para que nada de errado ocorresse também devem ser lembrados no cotidiano nacional e erros não sejam cometidos tanto nos eventos esportivos futuros, quanto cada brasileiro em suas funções profissionais.

A aplicação da justiça desportiva com penas severas para a exacerbação dos limites legais do jogo, como o mordida de Soares, deverão ser cultuados como princípios jurídicos sociais quando a bola parar de rolar para normatização de uma sociedade que anseia por segurança emocional.

Enfim, a Copa do Mundo deixará legados maiores que ferros e concretos, ficarão demonstrações sociais, culturais, econômicos e de muito conhecimento em todas as áreas inclusive esportivas para serem aproveitadas no futuro.

Por Daniel Junior, 33 anos, formado em Educação Física e Pós Graduando em Psicologia do Esporte, Daniel atuou como atleta até 2005. Depois, como auxiliar técnico, foi campeão da Superliga e Vice-campeão da Liga Nacional por Unisul e Ulbra. Já em 2008 foi analista de jogo e estatístico da Seleção Brasileira de Futsal em 2007 (Jogos Pan-Americanos) e em 2008 (Mundial de Futsal). A partir de 2009 iniciou a carreira como treinador e em por dois anos (2010 e 2011) teve uma passagem marcante pelo Alto Vale. Em Ibirama, Junior alcançou com o elenco o título de campeão da Liga Sul e da Primeira Divisão dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Atualmente, é o treinador da equipe de Mafra que disputará a Primeira Divisão de 2013. Colunista do EAV desde abril/2013.

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